domingo, 16 de maio de 2010

Pra você guardei o amor...



Ainda estou confusa com relação aos sentimentos, não gosto de hipocrisia, muitas vezes critiquei algumas grávidas por dizerem que já amam desde a concepção e tudo mais, e fazem aquela cara de contemplação ao falarem de seus futuros rebentos.

Não queria parecer insensível mas ao mesmo tempo não queria me parecer com as mães de que falo que com medo de parecerem insensíveis ou para não parecerem mães ruins ou desalmadas sem amor algumas vezes fantasiam...

na minha opnião ser boa mãe e amorosa vai muito além e é muito mais complicado do que falar que amor de mãe é incondicional e bla bla bla,
como gosto de dizer, falar até papagaio fala...

mas ja falei um pouco sobre isso no meu texto "Para" pais, mães e avós. http://ivonemarques.blogspot.com/2009/02/para-pais-maes-e-avos.html

porém, sentimento é sentimento, não tem explicação e um dia desses para minha "surpresa" me peguei chorando de emoção ouvindo essa musica interpretada pelo Nando Reis, é linda, e acho que já dá pra sentir a dimensão e arrisco prever sem medo de errar que o que esta pra vir é muito grande e muito bom!

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar